quinta-feira, 3 de maio de 2012


A HEMÁCIA SUPERDOTADA 

 Autor: Elano Paula em sexta-feira, 20 de novembro de 2009


Se eu lhe dissesse que você, meu caro leitor, mora, caminha, vive num corpo que além de lhe abrigar, pensa. Você vive num corpo que pensa! Você certamente diria que sou um louco de pedra. Como pode alguém que tem corpo, viver num outro corpo?

Parta do princípio lógico que tudo no mundo pode ser superdotado. Superdotado em burrice, em força, em inteligência, em voz, em sabedorias, etc. Nada de absurdo compreender-se isso. Muito bem.
Certo dia, jamais se  soube  quando, uma hemácia superdotada, inteligência privilegiada, provavelmente um gênio, reuniu suas amigas mais íntimas, num órgão  qualquer do corpo que lhes servia de morada. Ali, talvez  num anfiteatro montado no baço, armou-se uma conferência para que as demais hemácias ouvissem o que aquela colega, de excepcional cultura, queria contar.
Imaginem uma  hemácia, um vírus, um leucócito, enfim, qualquer organismo minúsculo, nascido e criado dentro de um corpo humano, sem jamais haver tomado conhecimento do mundo exterior. Eles nasceram, vivem e morrerão sem saber sequer que há vida fora dali.
O que seria o ar, a vida, a luz,  para eles?
Foi assim, para esse tipo de plateia,  para ouvintes dessa categoria, todos do tipo São Tomé, que a hemácia falou:
- “Descobri, por intuição, que moramos nós todos em um corpo. Nós nascemos dentro de um corpo. E, mais importante ainda, num corpo que se movimenta, tem vida e morrerá um dia . Além de tudo isso,  num corpo que PENSA!”
Foi grande a celeuma. Como poderiam eles viverem num corpo? Fariam parte de uma vida? E essa vida faria parte de outra? Pensar? Como?
As indagações concluíram pela clássica solução dada a problemas deste tipo, pelo  menos naquela época, provavelmente bem antes da Inquisição.
E lá se foi a pobre hemácia  para  a fogueira.
Os minúsculos  seres  que  vivem  em nosso organismo elegeram-nos seus deuses. Nossa vontade  os  alimenta, os extermina, sem que eles disso tomem  qualquer  notícia. Eles não sabem de nada.
Também não se apercebem de que as nossas consciências possam ser a síntese, o somatório das consciências deles, através de  seus  átomos que são os elementais das consciências físicas. Morrendo a consciência, morrerão suas integrações, seus dependentes.
Se nós sairmos do  pequeno,  do  micro, subindo a escala evolutiva, chegaremos ao grande, ao  infinitamente grande, porque um é formado dos outros.
Este capítulo não previa responder a quaisquer das indagações comumente feitas, como por exemplo, por que algumas religiões não permitem que se coma carne. De qualquer forma, ai está uma das muitas razões.
Cuidemos dos que vivem em nosso corpo para melhor cuidarmos do corpo em que vivemos.

Em relação à Terra, somos equivalentes a um  desses minúsculos seres que habitam o corpo humano. Somos hemácias. Tal como nossas células, vivem em função de nossa vida, nutrem-se dos alimentos que ingerimos, nós também dependemos delas, vivemos em função da vida delas, numa total interdependência de ações físicas.
Imaginem,  se  nos  fosse  permitido, a nós humanos, tanta ousadia. Imaginem se nós disséssemos:
- Moramos todos em um corpo ! E num corpo que PENSA !”

Antes que me levem à  fogueira, deixem-me tecer alguns comentários sobre o tema.
Nosso corpo físico é composto de células que se formam de moléculas apinhadas de átomos. Cada átomo, molécula, célula,  aparelho ou órgão têm suas vidas próprias e maneiras peculiares de vivê-las, embora dependam do organismo como um todo. Eles, de certa forma, também exercem  pressão sobre o organismo obrigando-o a praticar atividades que  lhes  são simpáticas.
Há  uma interdependência, uma  limitação  da  liberdade das partes e do todo. Nenhum órgão ou aparelho faz o que quer impunemente.
Também o Sistema Solar, para ficarmos  aqui por perto, é formado de organismos que vivem suas vidas  particulares, recebendo energia vitalizante de um globo central, de um núcleo. As linhas de força magnética, fazendo o papel das veias, artérias e nervos, vão providenciando a circulação da  energia  solar. Minerais, vegetais, animais, seres humanos e outras  entidades, todos na dependência da energia, e nela influindo, vivem  num permanente e recíproco dar e receber. Por seu  turno,  o  Sistema Solar é uma expressão viva de algo superior, o Logus Solar.
O nosso Sol, este que nos reflete seu corpo físico diariamente, também tem o seu EU imperceptível, como o nosso, vivendo em galáxias superiores, entre seres  de  hierarquia semelhante e, provavelmente superior. Melhor seria usarmos: JERARQUIA.
Dizer que nós vivemos no corpo de um ser - a Terra - que tem  também o seu EU imperceptível, vai dar fogueira, certamente. Entretanto, mesmo sem o abandono da lógica científica, essas “novidades” precisam ser postas na mesa.
É claro que acreditar nelas será  outra conversa. Seria até melhor que ninguém acreditasse; apenas, pensasse, meditasse, fazendo suas analogias e  depois...
Bem, depois até a  fogueira poderia ser  bem-vinda.
Mas já que toquei em assuntos de Corpo e Vida, vou criar um caso dizendo que a “soma dos pensamentos positivos da humanidade forma uma egrégora. Esta egrégora chama-se São Jorge, o Deva Mundi”. O cavalo, a lança, o capacete, o dragão, e outros apetrechos, tudo tem uma simbologia.


http://www.maranguape.blog.br/Polemica.asp?Cod=0&cap=6&paginaatual=Polemica


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